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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Pablo Neruda


“Morre lentamente quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.”

Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito e do trabalho,
repetindo todos os dias o mesmo trajeto,
quem não muda as marcas no supermercado,
não arrisca vestir uma cor nova,
não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem evita uma paixão,
quem prefere o “preto no branco” e os “pontos nos is”
a um turbilhão de emoções indomáveis,
justamente as que resgatam o brilho nos olhos,
sorrisos e soluços, coração aos tropeções, sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante,
desistindo de um projeto antes de iniciá-lo,
não tentando um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe. 

Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o simples ato de respirar.
Estejamos vivos, então!” 

Também pode ver:








Poema                                                    Aurora boreal










quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Dor de Alma - António Gedeão

 A minha Mãe…uma Criatura que viveu no charco imundo arrancando arroz do fundo!
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Meu pratinho de arroz doce
polvilhado de canela;
Era bom mas acabou-se
desde que a vida me trouxe
outros cuidados com ela.

Eu, infante, não sabia
as mágoas que a vida tem.
Ingenuamente sorria,
me aninhava e adormecia
no colo da minha mãe.

Soube depois que há no mundo
umas tantas criaturas
que vivem num charco imundo
arrancando arroz do fundo
de pestilentas planuras.

Um sol de arestas pastosas
cobre-os de cinza e de azebre
à flor das águas lodosas,
eclodindo em capciosas
intermitências de febre.

Já não tenho o teu engodo,
Ó mãe, nem desejo tê-lo.
Prefiro o charco e o lodo.
Quero o sofrimento todo,
Quero senti-lo, e vence-lo.

sábado, 25 de agosto de 2012

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O Tempo!

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal…
Quando se vê, já terminou o ano…
Quando se vê perdermos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado…
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas…
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo…
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

Também poderá gostar de ver:

sábado, 11 de agosto de 2012

Dois amantes felizes...

Dois amantes felizes não têm fim nem morte, nascem e morrem tanta vez enquanto vivem, são eternos como é a natureza.
Pablo Neruda

terça-feira, 26 de junho de 2012

Frases com sabedoria

: - Nesta vida, ama, perdoa, e esquece.
 Hoje, é uma amizade que to diz, amanhã, to dirá a vida.

: - Não faças nada hoje, que comprometa o teu amanhã.

: - O sorriso é o único vírus que não faz danos na alma.

: - Há silêncios que dizem tudo e palavras que não dizem nada.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Frases célebres para reflectir

Não há solidão mais triste do que um homem sem amigos. Sem eles o mundo é um deserto. (Francis Bacon)

De punhos serrados, não se consegue apertar a mão a ninguém. (Indira Ghandi)

Se paciente com todo o mundo, mas acima de tudo contigo próprio. (S. Francisco de Sales)

O desespero consiste em imaginar que a vida não tem sentido. (Chesterton)

Todo o mundo quer chegar a velho, mas ninguém quer sê-lo. (Martin Held)

Pobre não é quem tem pouco, mas quem deseja muito. (Séneca)

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Dez réis de esperança

Se não fosse esta certeza
que nem sei de onde me vem,
não comi, nem bebia,
nem falava a ninguém.
Acocorava-me a um canto,
no mais escuro que houvesse,
punha os joelhos á boca
e viesse o que viesse.
Não fossem os olhos grandes
do ingénuo adolescente,
a chuva das penas brancas
a cair impertinente,
aquele incógnito rosto,
pintado em tons de aguarela,
que sonha no frio encosto
da vidraça da janela,
não fosse a imensa piedade
dos homens que não cresceram,
que ouviram, viram, ouviram,
viram, e não perceberam,
essas máscaras selectas,
antologia do espanto,
flores sem caule, flutuando
no pranto do desencanto,
se não fosse a fome e a sede
dessa humanidade exangue,
roía as unhas e os dedos
até os fazer em sangue.

António Gedeão

domingo, 19 de fevereiro de 2012

As Janelas do Meu Quarto


Tenho quarenta janelas
nas paredes do meu quarto,
Sem vidros nem bambinelas
posso ver através delas
o mundo em que me reparto.

Por uma entra a luz do Sol,
por outra a luz do luar,
por outra a luz das estrelas
que andam no céu a rolar.

Por esta entra a Via Láctea
como um vapor de algodão,
por aquela a luz dos homens,
pela outra a escuridão.

Pela maior entra o espanto,
pela menor a certeza,
pela da frente a beleza
que inunda de canto a canto.

Pela quadrada entra a esperança
de quatro lados iguais,
quatro arestas, quatro vértices,
quatro pontos cardeais.

Pela redonda entra o sonho,
que as vigias são redondas,
e o sonho afaga e embala,
à semelhança das ondas.

Por além entra a tristeza,
por aquela entra a saudade,
e o desejo, e a humildade,
e o silêncio, e a surpresa,

e o amor dos homens, e o tédio,
e o medo, e a melancolia,
e essa fome sem remédio
a que se chama poesia,

e a inocência, e a bondade,
e a dor própria, e a dor alheia,
e a paixão que se incendeia,
e a viuvez, e a piedade,

e o grande pássaro branco,
e o grande pássaro negro
que se olham obliquamente,
arrepiados de medo,

todos os risos e choros,
todas as fomes e sedes,
tudo alonga a sua sombra
nas minhas quatro paredes.

Oh janelas do meu quarto,
que vos pudesse rasgar !
Com tanta janela aberta
falta-me a luz e o ar.


António Gedeão

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Frases com sentido

Se um dia lhe fecharem a porta da vida, pule pela janela.

Uma pessoa inteligente aprende com os seus erros, uma pessoa sábia aprende com os erros dos outros.

Todos fecham os olhos quando morrem, mas nem todos enxergam quando estão vivos.

Os nossos maiores problemas não estão nos obstáculos do caminho, mas na escolha da direcção errada.

Viver sem problemas é impossível. O sofrimento nos constrói ou nos destrói.

As grandes ideias surgem da observação dos pequenos detalhes.

O destino é uma questão de escolha.

Educar é semear com sabedoria e colher com paciência.

(Frases de: Augusto Cury)

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Não sou "Velho"!...

Na juventude a beleza é um acidente da natureza. Na velhice, é uma obra de arte.              (Lin Yutang)

Para o profano a terceira idade é inverno; para o sábio, é a estação da colheita.

Pensando bem, nem somos tão velhos, o que acontece é que temos muitas juventudes acumuladas.       (Francisco Arámburo)

Amamos as catedrais antigas, os móveis antigos, as moedas antigas, as pinturas antigas e os livros antigos mas esquecemo-nos por completo do enorme valor moral e espiritual dos anciãos.         (Lin Yutang)

Temos que agradecer nossa idade pois a velhice é o preço de estarmos vivos.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Pensamentos...

Sempre há um pouco de loucura no amor, embora sempre haja um pouco de razão na loucura.
(F. Nietzshe)

Muitas pessoas perdem as pequenas alegrias, esperando a grande felicidade.
(Pearl S.Buch)